A cidade

 

O Município de Luís Eduardo Magalhães está inserido no contexto histórico e geográfico do Oeste da Bahia. Na primeira metade do século XX, essa região era identificada como sertão do São Francisco, era caracterizado pela diversificação da produção, pecuária extensiva e povoamento rarefeito. Na segunda metade do século passado, com algumas ações do Estado e, sobretudo, a partir do final dos anos setenta, com a integração de parte da região à expansão da agricultura de grãos dos cerrados brasileiros, o Oeste da Bahia atualmente com 1.200.000 ha em produção e em torno de três milhões de hectares a serem explorados (considerada como a maior reserva de área agricultável no mundo em cerrado), passou a ter características peculiares que o distingue dos demais espaços regionais do Estado e do Brasil.

A cultura da soja é introduzida de forma acelerada novos cultivos são testados, diversificando-se a base produtiva agrícola e unidades industriais são atraídas para a região. Em conseqüência, consolida-se um espaço dos mais promissores do Nordeste, com uma agricultura tecnificada, operada em moldes empresariais e com integração às cadeias agroindustriais. O Oeste da Bahia passa a ser o mais importante espaço nordestino receptor de imigrantes, onde os nativos passam a conviver com uma cultura mais característica dos estados do sul do Brasil. Os vales, antes caracterizados pela pequena exploração agrícola familiar em minifúndios, começam a serem identificados como áreas bastante promissoras para o cultivo de frutas. Esta nova dinâmica possibilitou as potencialidades, em sua grande parte ainda inexploradas, e expôs a região a crises características dos períodos iniciais das áreas e expansão de fronteira econômica.

Atualmente a região conta com incremento e diversificação de atividades, tais como: ampliação da pecuária, ovinocultura, caprinocultura, fruticultura, cafeicultura irrigada e o surpreendente crescimento rápido da cultura do algodão com aumento sucessivo das áreas plantadas, da produção e da produtividade. A ocupação econômica do Oeste está incorporando a variável ambiental, está determinado a ter um controle efetivo por parte de seus agentes mas a preocupação no desenvolvimento sustentável hoje é extremamente presente, visto que na região existem órgãos estaduais, federais e ONGS que estão atuando diretamente e constantemente na preservação dos recursos naturais tais como: Superintendências de Recursos Hídricos – SRH; Departamento de Defesa Florestal – DDF; Centro de Recursos Ambientais – CRA, IBAMA entre outros.

LUÍS EDUARDO MAGALHÃES – SUAS POTENCIALIDADES

Luís Eduardo Magalhães tem grandes potencialidades e dispõe de um quadro de condicionantes, que podem no seu conjunto, constituir seus principais agentes de transformação, ou seja:

• Consolidação e diversificação da base agroindustrial;
• Implantação de cadeias produtivas;
• Modernização agrícola e de introdução de tecnologias avançadas;
• Localização estratégica no contexto macro-regional (no Oeste da Bahia e no Planalto Central);
• Implantação de um corredor multimodal/ferroviário para o Porto de Aratu que resultará na melhoria substancial da logística de escoamento da produção;
• Âncora de serviços urbanos regionais, com capacidade de crescimento e adaptação a novas demandas;
• Capacidade técnica (know-how);
• Vontade efetiva em se desenvolver por parte da sua população, de origem multicultural;
• Sítio urbano aberto à reintegração do meio natural no contexto urbano;
• Tecido urbano com facilidades de formatação para um conjunto urbano integrado